Somos turbohumanos precários e desorientados? A terra
inteira está hoje totalmente dominada pela humanidade, por que então vivemos
como perdidos em um complexo labirinto do qual não conseguimos sair?
Nunca
antes o poder coletivo humano foi tão grande sobre todas as espécies e a
natureza, porém, a vivência humana por antonomásia é a precariedade existencial
(não só econômica!) e o mais angustiante desempoderamento pessoal.
Precisamente quando o espaço Terra se apresenta como uma
totalidade perfeitamente mapeada e cruzável com a maior facilidade, nos
perdemos frente à incrível aceleração do tempo, as mudanças e a
turboglobalização. Esquecendo fenômenos como o despertar do terrorismo global e
a crise pós 2008, a humanidade deixou para trás a violenta e «quente» «era das
catástrofes», e a bipolar e ameaçadora «Guerra Fria», para se deixar adormecer
languidamente na festa pós-moderna.
Mas inclusive para além desses conflitos, o mundo
hiperacelerado destrói totalmente qualquer pausa ou descanso para os «turbo
humanos» de hoje. Por isso, nós nos vivenciamos como perdidos no labirinto do
deserto e sofrendo patologias associadas como a síndrome de burnout. Vivemos a
hiperexigência baseada no empreendedorismo total que converte cada ser humano
em uma marca comercial que deve ser «vendida» como der.
Parece que a aceleração da destruição criativa deixou de ser
uma espécie de processo progressista e benévolo desde o desenvolvimento
capitalista, para ser muito mais tortuosamente desestruturante. Por isso a
maioria da população tem grandes dificuldades em superar reiteradamente e ao
longo de sua vida esse incessante e cada vez mais rápido poder dissolvente. A
humanidade é hoje exigida (em parte auto exigida) a um nível que a põe à prova,
e facilmente à derrota.
Inevitavelmente essa evolução comporta obsolescência ou, pelo
menos, a fragilização da humanidade? Ou melhor, por trás da tormenta que
estamos hoje sem dúvida, virá novamente a calma? Uma nova sociedade recomposta,
reequilibrada e reestruturada voltará a acolher minimamente os indivíduos
castigados?
Tradução para o português Homo
obsoletus: Precariedade e desempoderamento na turboglogalizaçâo de Gonçal Mayos en LAECC - Laboratório Americano de Estudos Constitucionais Comparados, Uberlândia - MG (Brasil), 2021, 230 pp. Tradução: Gabriel Rocha e Ana Paula Diniz. Revisor: Alexandre Walmott Borges.
O professor Alexandre Walmott Borges explica que "A
presente ediçâo está inserida no projeto de traducçâo, reuníâo e consolidaçâo das
obras do professor Gonçal Mayos. O projeto envolve a traducçâo das obras em 3 diferentes idiomas:
o português, o espanhol e o catalâo.
A ediçâo e divulgacâo pelos selos editorias LAECC (Brasil), LECTURA (América Latina) e LIBRANT
(Espanha)."
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CAZADORES
DE OPORTUNIADES: COGNITARIADO, PRECARIADO, EMPRENDEDORES
VERDAD,
HIELO FRÁGIL Y PENDIENTE RESBALADIZA
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