A tendência histórica para as sociedades de
controle foi proposta já nos anos de 1970 por Gilles Deleuze. Este previu o
desenvolvimento das práticas e dos dispositivos que estavam sendo pensados por
seu amigo Michel Foucault. Muitos dos apontamentos-chave que indicam para as
“sociedades de controle” aparecem no díptico Capitalismo e esquizofrenia
que Deleuze escreveu com o psicanalista e ativista político Félix Guattari. São
mais evidentes na segunda parte, Mille Plateaux (1980), ainda que também
haja antecipações significativas na primeira parte, intitulada O Anti-Édipo
(1972).