Ainda que seja palpável que a
Revolução científica e a filosofia moderna se originaram em grande medida fora
das universidades, estas representaram um importante e dinâmico fator
diferencial no que diz respeito a outras tradições. Ademais, tal impulso se
transmitiu a outros âmbitos, quando as universidades escolásticas se tornaram
ultrapassadas a partir do século XV. Pois a universidade medieval tinha
uma
existência jurídica de corporação que a distinguia como comunidade na qual os
estudiosos costumavam gozar de liberdade para debater ao seu alvedrio [e que]
as autoridades religiosas e políticas toleravam somente porque não podiam
esmagá-la em uma Europa fragmentada. A sobrevivência das universidades
proporcionou aos cientistas europeus uma comunidade que os apoiava e não
encontrava paralelo em nenhuma outra parte do mundo. A Europa já dispunha de
mais de 100 universidades em 1500.[i]